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Mãe… é mãe! (e ser pai é fogo)

Carinho, dedicação, comprometimento e participação. Você pode ser tudo isso e muito mais, mas anote aí o que estou dizendo, senhor papai: mãe é mãe… e ser pai não é fácil!
Bem, você já deve ter visto esta imagem rolando pela internet. Aqui em casa, como em praticamente todas, a coisa funciona mais ou menos assim. O que não está em nenhum registro online é o que chamamos aqui de “o agarradinho da mamãe”. Eu, inclusive, já comentei de tal cena noturna no post O prazer primitivo de suprir necessidades:
Papai fica espremidinho num canto com a desculpa de que a filha precisa de espaço para dormir bem. Mamãe, no outro canto da cama, se posiciona para aconchegar a filhota . No imenso meio que se forma está a princesa, se jogando por cima da mãe que mal consegue respirar de tão soterrada enquanto o pai segue deixando espaço para ela deitar como um ser humano normal.
Não importa o que eu faça, a preferência da princesa é por a mãe fazê-la dormir. Já houve épocas em que ela até curtia quando eu dizia “hoje é com o papai” e fazia uma festinha, mas atualmente chega a dar choro quando informamos que não será a mamãe a embalar a pequena para a soneca.
Sinceramente não estou precisando de terapia por essa rejeição da filhota, mas confesso que sinto-me metade inútil, outra metade carrasco. Sim, porque ver sua filha quase chorando porque vai ter de aguentar dormir com você NINGUÉM MERECE. Mas não tem jeito, por mais participativo, dedicado e interessado que seja o pai, mãe é mãe.
É como aquele momento em que a espoleta, que está correndo sem parar, tropeça e rala o joelho ou bate alguma em algum lugar. Dói, rola uma mistura de vergonha com raiva por ter que parar a brincadeira devido ao machucado e a pequena vai procurar um “colo”. Colo de quem? Colo de mãe, é claro! Eu até tento me abaixar, abrir os braços e dizer que o papai dá beijinho pra passar… não tem arrego, o que ela quer é colo de mãe.
- Ih, Caio. Tá com ciuminho, tá?
Não, não. Acho que uma das grandes lições que minha filha vem me ensinando é a lapidar meu ego. Por vezes ela me infla, dizendo “papai é meu melhor amigo!”. Noutras horas lembra-me de que não sou o único ser do universo, não querendo nem dar um beijo de bom dia nesse pobre e pré-grisalho pai.
Passeando entre altos e baixos, ser pai pra mim é dedicar-se ao máximo para estar disponível, para demonstrar que ela pode contar comigo… mas sem tentar ocupar o espaço da campeã de bilheteria, a mamãe. Filhos e mães têm uma relação mágica que nada, absolutamente nada explica mesmo.
Quem sabe na adolescência, quando precisar de um velho pai para levar  nas festinhas ou buscar tarde da noite (antes da meia-noite, hein!) ela queira um “colo de pai”. Por enquanto eu sigo no papel de fiel escudeiro.

fonte:  http://paismodernos.com.br

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