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PHILIPPE HALSMAN

A genialidade de Philippe Halsman veio de sua vivência e de sua imaginação, combinado com a habilidade e interesse em lidar com tecnologias. O russo iniciou sua carreira em Paris, abrindo um estúdio no ano de 1932, em Montparnasse, um bairro da capital francesa.  Após dois anos de dedicação à fotografia, seus trabalhos começaram a aparecer na Vogue, Vu e Voilà, afinal já estava fotografando artistas e escritores conhecidos, como André Malraux e Marc Chagall. Em 1936, projetou uma câmera reflex com objetivas gêmeas, 9 x 12 cm, construída por um marceneiro cujo avô fez a primeira câmera de ninguém menos que Louis-Jacques-Mandé Daguerre, um dos precursores da fotografia, inventor do Daguerreótipo.
Halsman fez parte do grande êxodo de artistas e intelectuais que fugiram dos Nazistas, indo com sua família, uma câmera e uma dúzia de fotografias para os Estados Unidos, em novembro de 1940, com um visto de emergência conseguido graças a intervenção de Albert Einstein e, em 1948, tornou-se cidadão norte-americano. Lá continuou sua carreira produzindo também reportagens e capas para importantes revistas Americanas, e continuava retratando renomados profissionais de diversas áreas, como políticos, artistas e cientistas. Seus retratos estamparam 101 capas da revista LIFE, um recorde que permanece até hoje.
Em 1941, Philippe Halsman conheceu Salvador Dali, iniciando uma amizade e parceria que duraria mais de 35 anos, até a morte do fotógrafo, em 1979. Criaram fotografias surrealistas que marcaram época e que impressionam até hoje, como, por exemplo, Dali Atomicus e a série Dali’s Mustache, com 30 imagens surrealistas do artista. Na década de 50 Halsman começou a pedir aos retratados que saltassem no final de cada seção, criando imagens cheias de energia e leveza,  que tornaram-se um marco do seu legado fotográfico. Em 1958, foi nomeado como um dos “Dez maiores fotógrafos do mundo”, juntamente com Irving Penn, Richard Avedon, Ansel Adams, Henri Cartier-Bresson, Alfred Eisenstaedt, Ernst Haas, Karsh Yousuf, Mili Gjon e Eugene Smith.
Que Halsman publicou vários livros fotográficos, participou de várias exposições e ganhou diversos prêmios é uma obviedade a ser dita. Mais detalhes sobre a vida do fotógrafo você encontra na cronologia feita pela National Portrait Galery, um dos sites utilizados de fonte para esta pesquisa.
“Essa fascinação com o rosto humano nunca me deixou. Cada rosto que vejo parece esconder e, por vezes, fugazmente, para revelar o mistério do outro ser humano. Capturar essa revelação se tornou o objetivo e a paixão da minha vida.” Philippe Halsman. 

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